A videoinstalação é uma das formas de expressão mais complexas da arte contemporânea. Na videoinstalação os artistas devem integrar objetos de naturezas diversas: componentes eletrônicos, imagens luminosas, sons, vídeo, objetos variados.
A videoarte teve seu início da década de 60. É uma forma de expressão artística que utiliza a plataforma do vídeo. Os artistas que impulsionaram este novo meio artístico desejavam uma forma de conseguir fugir à arte comercial. Desta forma, a videoarte servia de ponto de partida para uma crítica à televisão, que naquela época, e ainda nos dias de hoje, era um instrumento popular e comercial. Uma das novidades da videoarte é a total participação e movimento do espectador.
Algumas obras expostas na 8ª Bienal do Mercosul:
Inercia [Inércia]. 2009 Vídeo Iván Candeo
Iván Candeo tem profundo interesse pelas mudanças políticas, históricas e culturais que a Venezuela vem sofrendo nos últimos anos; mas não permite que esses assuntos sejam convertidos no foco central de sua obra.
Inércia é um vídeo com câmera fixa em que um ciclista pedala infinitamente defronte a um mural realizado por Winston Salas. Nele, há uma representação dos ideais políticos atuais recorrentes que se difundem na Venezuela. O artista faz uma alusão metafórica à posição do cidadão latino-americano, cujos governos regionais parecem não avançar em suas políticas locais.
Teutônia complaints choir [Coro de queixas de Teutônia]. 2011 Vídeo Oliver Kochta e Tellervo Kalleinen.
As obras de Oliver Kochta e Tellervo Kalleinen fazem constantemente uma observação classificatória da sociedade. Sua produção artística é de natureza projetual. Nela, por meio de filmes fictícios desenvolvidos com a colaboração e a atuação de pessoas (não atores) que vivem situações específicas, questionam seus ambientes de vida, seu trabalho, seus sonhos, desejos e desgostos.
Coro de queixas de Teutônia é um trabalho em colaboração com a comunidade coral do povoado de Teutônia, que os reúne com o princípio de fazer audíveis suas queixas em forma de um “coro de queixas”.
Tinieblas [Trevas]. 2009
Videoinstalação
Edgardo Aragón
Trevas é uma videoinstalação realizada no município de Ocotlán de Morelos, no México, que reúne as interpretações individuais de uma banda formada por treze músicos. De pé sobre pequenas pedras chamadas de mojoneras, utilizadas para delimitar fronteiras, tocam uma marcha fúnebre que, de maneira poética, alude aos conflitos territoriais e à existência de divisões não somente políticas, mas, também, ideológicas na região.
A Arte Contemporânea surgiu em meados do século XX e se estende até a atualidade. A fotografia contemporânea, tem na sua essência a criação de metáforas, de conotações, de analogias diversas, conseguindo converter a objetividade em subjetividade. O visível não é necessariamente aquilo que nos é apresentado perante os olhos.
Marcelo Salvia Zocchio é um fotógrafo contemporâneo que nasceu em São Paulo em 1963. Em 1988 formou-se em engenharia civil pela Escola de Engenharia Mackenzie, em São Paulo. Nesse ano, inicia a carreira de fotojornalista como freelancer dos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e da revista IstoÉ. De 1990 a 1991, estuda no Centro Internacional de Fotografia, de Nova York, onde freqüenta aulas dos artistas Duane Michaels e Arthur Tress. De volta ao Brasil, começa a desenvolver trabalhos fotográficos que problematizam aspectos sociais e urbanísticos da cidade de São Paulo e, do ponto de vista formal, se caracterizam sobretudo pela exploração de suportes variados e pelo uso de imagens seqüenciais. Em 1995 realiza sua primeira mostra individual, Fotografias, no Museu da Imagem e do Som de São Paulo - MIS/SP. No ano seguinte, é contemplado com o 2º Prêmio Nacional de Fotografia da Fundação Nacional de Arte - Funarte.
Nas fotografias de Marcelo Zocchio, as composições demonstram sempre uma idéia, a criação de conceitos, não uma intenção pictórica. Muitos trabalhos são formados da repetição de combinações dos mesmos elementos, criando uma estrutura construtiva.
Chá de cadeira
Marcelo Zocchio
Essa fotografia é uma metáfora para a expressão "tomar um chá de cadeira", que significa esperar demais.
Tirar água do joelho
Marcelo Zocchio
Essa fotografia é uma metáfora para a expressão "tirar água do joelho", que significa fazer xixi.
Descascar o abacaxi
Marcelo Zocchio
Essa fotografia é uma metáfora para a expressão "vou descascar o abacaxi", que significa vou resolver um problema.
Bater as botas
Marcelo Zocchio
Essa fotografia é uma metáfora para a expressão "ele bateu as botas", que significa ele morreu.
As imagens acima foram retiradas de um livro chamado "Pequeno Dicionário Ilustrado de Expressões Idiomáticas" de Marcelo Zocchio e Everton Balardin.
Nessa obra Marcelo Zocchio registra detalhes de pontes e túneis de rodovias paulistanas mostrando que sua altura é muito baixa para os caminhões que circulam sob elas. É uma crítica ao problema das pontes de São Paulo que são muito baixas